Martín Anselmi: «Não foi a época que queríamos, mas queremos terminar da melhor forma»

Martín Anselmi já fez a antevisão ao FC Porto x Nacional para a jornada 34 da Primeira Liga, um jogo marcado para as 18h00 deste sábado no Estádio do Dragão. Em conferência de imprensa, o técnico argentino começou por referir o seguinte:
«É o último jogo do FC Porto em casa nesta Primeira Liga e queremos despedir-nos desta Liga, que não foi como esperávamos, da melhor forma possível. Preparámos o jogo com todo o foco, sem pensar mais além. Há um jogo em nossa casa e queremos ganhar. Não é a época que queríamos, mas queremos terminá-la da melhor forma possível».
Martín Anselmi foi questionado sobre se fará rotação de equipa:
«Definimos o plano de jogo em relação ao rival e escolhemos os mais capazes para desempenhar essa função. Pode ser o último jogo da temporada, mas vamos eleger o melhor 11 para jogar um jogo de futebol, não importa o contexto. Quero os três pontos e não vou dar oportunidades só porque é o último jogo, até porque a época não acaba amanhã [realização do Mundial de Clubes]».
Martín Anselmi foi questionado sobre o processo de adaptação de William Gomes e Tomas Pérez. O que é que lhes faltou?
«Quando chegas ao FC Porto com o ‘cartel’ de reforço, tens essa pressão de rendimento. Há jogadores, que são adequados ao modelo de jogo e há outros que são jovens e que tem um processo de adaptação ao país, ao futebol europeu e temos de dar todas as ferramentas para que incorporem no clube, porque os fundamentos técnicos eles têm. Sabemos que contamos com estes jogadores para a próxima temporada, que têm de lugar por um lugar como titular e não nestes seis meses».
Martín Anselmi foi questionado sobre se é preciso uma mudança tão radical no plantel para que venham os resultados desejados:
«Teria pelo menos 10 formas diferentes de responder a essa pergunta. Poderia dizer-te que sábado tenho um jogo e que falamos do futuro depois, podia dar-te 10 títulos diferentes. Vou responder da maneira que o Martín Anselmi, treinador, gosta. E não tem nada a ver com o presente ou com o que vai acontecer», começou por referir.
«Em cada clube onde estive, gosto de otimizar os plantéis. De tirar o melhor de cada jogador, levá-los aos limites. Já me aconteceu imaginar que um jogador não ia dar nada e tornou-se titular indiscutível, bem como o contrário. Vemos evoluções nos jogadores. Esperávamos mais de uns, menos de outros. Nesse sentido, não sou um treinador que pensa em gastar, gastar e gastar. O tempo é curto, não gosto de contratar por contratar. Gosto de otimizar o plantel, contratar quem realmente faz falta. Não gosto de ter um plantel de 30 jogadores, gosto de ter dois jogadores por posição. E que haja competição cá dentro. Entendo que haja jogos de três em três dias. Mas agora chego, há o Mundial de Clubes…», abordando como olha para o mercado.
«Entendo que se passam coisas pelo meio. Não sei quantos jogadores vão sair nem quantos vamos contratar. O que posso dizer é que este plantel é o que vai connosco para o Mundial de Clubes. Com alguma cara nova? Talvez, sim. Mas gosto de ser muito cuidadoso, tentar acertar nas saídas e nas contratações. Tentamos trabalhar ao máximo no que o clube precisa, naquilo que imaginamos para o futuro», completou.
Martín Anselmi falou sobre o regresso de Vasco Sousa aos treinos (treina de forma condicionada). O técnico argentino acredita que estará disponível para o Mundial de Clubes 2025:
«Custou-me muito a lesão do Vasco. É um rapaz muito profissional, tem uma capacidade realmente única dentro de campo, não é fácil encontrar jogadores assim. E é um ‘miúdo’ da casa, um portista. A partir daí, da lesão dele, acho que perdemos um jogador que tinha caraterísticas únicas. Está na fase final da recuperação e, a partir daí, acredito que pode estar disponível no Mundial de Clubes».
Martín Anselmi deixou críticas à arbitragem do Boavista x FC Porto, devido ao lance caricato de penálti:
«Sim, se tiver de responder agora, digo que foi um erro de arbitragem. Porque fui ver as regras… Já sei que não me está a perguntar sobre a jogada, mas acho que não é penálti. É a minha interpretação. Querer aliviar uma bola que depois volta para a minha baliza… É o resumo da época. Há coisas que não têm explicação. É um resumo no sentido de que as coisas foram assim. Errámos, melhorámos, aconteceram coisas que não controlamos… Não tenho muito mais para dizer acerca disso. Nessa jogada, não podíamos fazer nada. Foi uma decisão da equipa de arbitragem».
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